quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ama-se estranhamente hoje em dia!

Sou do tempo em que o amor com amor se pagava. Do tempo em que a felicidade dos que amamos era o mais importante.
Hoje percebo um amor banalisado. Em que se diz “eu te amo” como quem bebe água. E esse tipo de amor, da boca pra fora, eu não quero pra mim!

Hoje algumas pessoas acham que, quando amam alguém, esse alguém passa a ser seu. Assim o ser amado não passa de uma posse. Isso é subestimar demais um amor.
Esse tipo de amor eu não quero pra mim.

Hoje diz-se “Eu te amo” e trai-se. 
Argumento? Não foi traição, não tinha sentimento, era só “carne”. 
Não consigo separar uma coisa da outra! [Será que eu estou errada?]
Talvez, apesar dos meus 26 anos eu esteja ultrapassada. Talvez, os meus conceitos sobre amar e viver estejam deturpados e não os conceitos, se é que assim posso chamá-los, dos que amam alguém e saem e “pegam” em uma mesma noite uma dúzia de “garotas (os)” e sequer sabem seus nomes. Não sei quem é mais desprezível, os que “pegam” ou os que se deixam “pegar”... dos que agridem seus amados!


Hoje em dia diz-se muito por aí: “Perdoe-me, eu te amo!” com tanta frequência que chega a doer os ouvidos... e eu pergunto: Por que tantas desculpas, tantos pedidos de perdão.. quando o impressindível é APENAS que não magoe, que não desrespeite, que não machuque.
Esse tipo de amor eu não quero pra mim.


Perderam-se os valores, perdeu-se o respeito ao próximo. E se não há respeito... Não pode ser amor!


Há quem agrida física e verbalmente aquele que diz amar. Como assim? Como isso é possível? Mais uma vez: QUE TIPO DE AMOR É ESSE?
Esse é um tipo de amor que eu não quero pra mim.


Quero um amor desisteressado, despretencioso... sem medida, sem limites.. Um amor que respeite minhas opções, minhas escolhas, meus gostos, minhas vontades... e não um "amor" que escolha por mim!
Quem ama respeita a individualidade do outro. 
Aquele historinha que se ouvia antigamente de que “somos um só” é balela! A gente ama, a gente se apaixona, a gente precisa, mas ainda assim, seremos sempre dois. Por mais que nos interessemos por coisas parecidas. 
Não podemos perder nossa identidade por outro. E quem, REALMENTE, ama entende isso.
E essa necessidade de espaço, de privacidade, de INDIVIDUALIDADE, é muito aceitável, muito natural, muito “entendível”. E quando se ama... pelo menos, deveria ser mais fácil de entender isso.
Esse tipo de amor, COMPREENSIVO, respeitoso... Esse sim eu PRECISO pra mim. Esse eu quero pra mim.


Pode ser que me julguem conservadora, egoísta, julguem-me como quiserem... Mas entendam que individualismo difere de egoísmo. E acho que esse é um grande problema de entedimento hoje.


Somos responsáveis por nossas escolhas. Portanto é preciso que saibamos escolher. “Por mais que doa, dói só no começo.”


Definitivamente, ama-se estranhamente hoje em dia!


Raquel Moren.

Um comentário:

  1. Tá demais!!! Mas "nessas horas" somos otimos escritos..

    Lindo! Adorei e concordo completamente!!!

    (L)

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