Chuva? RJ.

É, meu povo.
Está muito difícil.

Muito mais que chuva... o Rio de Janeiro está um caos.
Transporte público? Parado.
Estradas e Rodovias e vias expressas???? Paradas...

A grande verdade é que nesta terça-feira, 06/04/10, nosso Rio de Janeiro, terra de encantos mil, foi marcado pela lama, pelo sofrimento, pelo caos, pelo cansaso.

Quem estava no trânsito tentanto chegar a algum lugar, não conseguia. Centenas de pessoas perderam seus carros, suas casas, seus bens materiais e, maior que tudo, pessoas que amam.
Até agora, após aproximadamente 30 hrs ininterruptas de chuva, foram contabilizados 102 mortos em todo o estado do Rio.
Centenas de desalojados, sem casa, sem rumo, perdidos. Vendo suas vidas, seus sonhos, descendo feito cachoeiras incontroláveis.

Esse é o momento de sermos solidários. Na hora de dor é que descobrimos grandes cidadãos.
Procurem os postos de recolhimento, guarda municipal e doem mantimentos, agasalhos, água.... ajudem.
Se cada um de nós fizermos um pouquinho que seja... teremos um grande movimento solidário pelo nosso lindo Rio de Janeiro que sempre nos encanta com seus lindos dias de sol.

Sejamos cariocas em todos os momentos. Na alegria e na tristeza. Provemos que não somos um povo que gosta de dias de sol, praia e água fresca... e só!

"Amem-se, ou padeçam!"

Seguem algumas fotinhas de Botafogo, minha linda Botafogo que sofre com as consequências dessa tempestade.

Ah, segue também um poema de Florbela Espanca que selecionei pra vocês.

Chama-se Mistério.

Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,

Dizendo coisas que ninguém entende!

Da tua cantilena se desprende

Um sonho de magia e de pecados.

Dos teus pálidos dedos delicados

Uma alada canção palpita e ascende,

Frases que a nossa boca não aprende,

Murmúrios por caminhos desolados.

pelo meu rosto branco, sempre frio,

Fazes passar o lúgubre arrepio

Das sensações estranhas, dolorosas...

Talvez um dia entenda o seu mistério...

Quando, inerte, na paz do cemitério,

O meu corpo matar a fome das rosas!