sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Paixão declarada pelo Rio.

Ser carioca

É duro admitir, mas ser carioca é falar sem medir conseqüências. É dizer "vem" e se assustar com o tocar da campainha.

Ser carioca é não ter hora de ir pra praia nem ter hora pra sair de lá. É de repente nem aparecer. É a cultura da espontaneidade que só quem é, sabe. Só quem mora no Rio, entende. É mudar de opinião, mudar de atitude ao sentir vontade. Desejo, logo faço. Não quero tudo bem.

É ser sincera ao falar e verdadeiro ao omitir. É viver sem obrigações. Ser responsável com o seu querer.

Me desculpem os paulistas, mas ser carioca é ser natural. É confiar nos próprios instintos.

É encontrar com celebridade na rua e virar o rosto para olhar o pôr-do-sol. É ser blasé com a própria rotina. É sorrir para o surreal.

É sair para a night de havaianas e cabelo molhado. Ir para o shopping como quem muda de cômodo. É fazer de tudo uma ida à esquina. É ver o inédito como óbvio. É dizer sim sem balançar a cabeça e depois virar pro lado e dizer: "Ahn?”.

Ser carioca é voltar pra casa depois de trabalhar e olhar a paisagem verde. É dormir até tarde sem pressa de viver. Porque a vida está lá fora. A natureza é aqui. Sem pressa, sem compromisso. É apenas sentir.

É gostar de roda de samba na esquina. Sem clube nem turma. É ser amigo do estranho. É ver corpos bonitos passar e poder contemplar a beleza de ser e de estar.

É viver na cidade maravilhosa e não se orgulhar de monumentos. É sorrir para qualquer mendigo na rua. É conhecer barulho de fuzil, ter medo, mas não se afligir.

Ser carioca é se permitir.



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